sábado, 23 de abril de 2011


INVISÍVEL

(JORGE VERCILO)

Eu quero ver o invisível

prever o que está no ar
como previ meu futuro ao te ver passar
O dia-a-dia mais incrível se abria diante a mim

Tanto a fazer e um amor que não tem mais fim

Quando passou aqui você me abalou
Imagina só ouvir

seu coração acelerar por mim
Claro ninguém jamais nos ensinou
a saber quando é amor

Mas foi você chegar pra eu descobrir
Eu quero ver o invisível

prever o que está no ar

como previ meu futuro ao te ver passar

O dia-a-dia mais incrível se abria diante a mim

Tanto a fazer e um amor que não tem mais fim

Preciso aprender a ver o que não se vê

Para me transformar no que o amor quiser

Ouvir o que não se diz

com os olhos te entender

Pra te fazer feliz

como me faz você.
Hoje é noite.
É noite para a moça que sonha com a felicidade intensa e eterna, é noite para quem dorme a beira do abismo da humanidade, é noite para quem dorme de olhos fechados, porque tem medo de enxergar o novo.
Hoje é noite para os que têm medo de reagir, para os que preferem fechar-se na vida real e abrir o caminho do imaginário.
Meu imaginário já abre portas, o único clarão que eu enxergo é aquele que está dentro de minhas pálpebras, mas o que posso fazer se colocam esparadrapos nos meus olhos que já andam deficientes de tanto ver a escuridão?
Pelo menos existem as estrelas, pontinhos de luz em meio ao escuro.
Agora, deixe-me ir dormir, porque é noite.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

Se quer saber, descobri com os anjos que tudo que se escreve pode ser reescrito. Que todas as nossas atitudes podem ser repensadas e que Deus sempre nos dará aquela chance de recomeçar.
Voltemos então a acreditar que pode acontecer de novo. Melhor, que dessa vez tudo se encaminhará porque as pessoas, apesar de tudo girar em torno da teoria contrária, são diferentes. Há chuva em abundância, mas já não são tão ácidas como antigamente.
Convido-vos, pois, a assistir a minha felicidade que ainda não se completou, mas já não é tão escassa quanto nos tempos do Sertão de Cecília. Brotaram flores.

domingo, 19 de outubro de 2008

Mais uma vez...

Mais uma vez Cecília a invade.
Os olhos ficando secos,as mãos quebradas e tudo vai ficando calmo, as águas tranquilizando-se. São esses os sinais dos créditos de mais um filme.
Mais uma vez alguém tirou um filme que ela gostava de assistir e protagonizar. Afinal,quem se importa?
A cinderela talvez nunca seja a princesa, talvez ela não seja tão esperta para isso.
Pobre cinderela, seus minutos de princesa foram tão apressados...E agora,MAIS UMA VEZ, cinderela...
Mas ela não está triste, está só revoltada,só!
Revoltada sim,por acreditar que vive em contos infantis,por acreditar mais uma vez...POR ACREDITAR!
Agora a cinderela borra a tinta no papel,enquanto diz:
- Cecília, doeu tanto acompanhar meu sonho afundando...Da próxima vez- antes que eu
cogite a posíbilidade de sonhá-lo - cegue-me, por favor!

(Alice Vila Verde - 19/09/08)

Inspirado em:
Canção - Cecília Meireles
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
-depois,abri o mar com as mãos
para ver o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho,dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
pra fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois,tudo estará perfeito;
praia lisa,
aguas ordenadas;
meus olhos secos como pedras
e as minhas mãos quebradas.

Acontecido o desacontecimento...

O que quer que esteja acontecendo, está me agradando!
Ler oitenta vezes antes de dormir é como reviver momentos que ainda não aconteceram e que talvez nem cheguem as vias do acontecimento.
O tempo me desafia: passa rápido tão lentamente que até as tartaguras se queixam.Isso me apressa porque vejo decisões a tomar e percebo que talvez eu nem precise delas.
Andar em abismos é meu hobby.Verdade que os abismos são incertos e eu prefiro os extremos, incertezas estão no centro.
Acho que meu medo maior é descobrir no fim das contas e talvez até no fundo dos abismos incertos que a incerta, na verdade, sou eu.

(Alice Vila Verde - 17/09/08)